domingo, 15 de março de 2009

Introdução ao vôo de colina

O vôo de planador de por si tem uma característica única de união com a natureza e a utilização de suas forças e energias. Dentre as categorias de vôo de planador o vôo de colina se destaca por maximizar esta união, pois realmente não se utiliza outra energia que a natureza até mesmo na decolagem. Este post tem por objetivo auxiliar na identificação de um bom local de vôo bem como dividir algumas dicas para evitar colisões ou perda de modelos.

#1: Encontrando uma boa colina
O que define uma boa colina? Para iniciantes, recomendamos colinas onde o vento não seja nem muito forte nem muito fraco- que seja constante. Além disto, é bom pensar no pouso, logo precisamos uma boa área de aproximação, com poucas árvores e desníveis.



#2: Garanta que seu modelo está em condições de vôo:
Primeiro verifique se sua freqüência não está sendo utilizada (parece básico para pilotos RC, mas muitos esquecem este detalhe e causam danos matérias grandes).
Verifique se o CG está posição correta. CG muito dianteiro dificulta as manobras e o controle do modelo, principalmente em velocidades próximas do stall.
Verifique se todas as superfícies de comando estão respondendo e se não tem nenhum servo invertido ou travado
Por último, mas não menos importante, verifique se as baterias estão carregadas.

#3: Arremesse o modelo contra o vento com o nariz levemente para baixo. Se o local tiver outros pilotos, pergunte se tem algum local mais favorável para o arremesso. Coloque energia no arremesso, é melhor sobrar do que faltar.




#4: Defina a área de vôo e se mantenha nela. Cuide, pois o “lift” se forma pela colisão do vento na colina a qual forca o vento a subir. Este efeito tem limites e se você não tiver cuidado pode escapar para fora da área onde o modelo está resguardado. Pergunte aos pilotos mais experientes e que conhecem a área onde estão os limites do “lift”



#5: Gire o modelo para o vento. Devemos lembrar que no vôo de colina, o piloto navega paralelo à colina, assim sendo dizer “girar para o vento” significa dar as costas para a colina.

#6: Não tente voar atrás da colina. Normalmente é seguro voar bem a frente da colina, porém atrás pode ser muito perigoso. Rotores são de difícil identificação para novatos e pode colocar e perigo o modelo, pois tira toda a sustentação fazendo-os cair como pedras. Uma boa regra para iniciantes é voar atrás da colina única e exclusivamente se estiver pronto para o pouso.

#7: Localize as termais e use-as bem. Elas são excelentes para ganhar altitude e se manter no ar. O “lift” combinado com o vôo termal é excelente e prazeroso, pois o “lift” é uma ajuda adicional para se manter no ar até o próximo ciclo termal.



#8: Planeje seu pouso antes de decolar. Este ponto pode parecer fácil, mas muitas vezes se faz necessário 4 ou 5 aproximações até que se consiga pousar com segurança. Comece aproximando com mais altitude e vá ajustando a rampa de descida até que a relação velocidade altitude esteja melhor para seu estilo de vôo e modelo.
Se você não está seguro, não tenha medo de abortar o pouso e entrar novamente no “lift” com certeza (a menos que o vento tenha parado totalmente) você terá energia suficiente para uma nova aproximação.

Um comentário:

  1. Este artigo foi postado a 2 anos no GVRC quando iniciamos nossas trips pelo estado testando nossas colinas. Para alguns pilotos ele pode ser muito básico, mas com certeza ajuda a muitos a se aventurar a largar suas naves penhasco abaixo.

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